segunda-feira, 24 de junho de 2013

Sarau de leitura dos cordéis

Esta aula foi dedicada ao 2º Sarau do B.A.R.
Dessa vez, fizemos a leitura dos cordéis produzidos pelos nossos queridos alunos. Lembram da aula passada? Cada dupla fez seu cordel. As professoras, por sua vez, digitaram e formataram cada um deles, com muito carinho, sem esquecer da xilogravura que estampava cada capa de cada cordel.

A carinha de satisfação dos alunos ao verem seus cordéis ali, pendurados como antigamente, é indescritível.
As leituras foram um show à parte. Nos divertimos a valer e nos encantamos com cada verso ali recitado.


Aquele momento foi único. Um misto de sentimentos, não acham?! Sentimos orgulho e prazer por estarmos reunidos, fazendo a leitura de nossos cordéis, mas também sentimos aquela melancolia por saber que estávamos encerrando, ali, mais um ciclo.

Nos despedimos hoje com um sentimento de saudade, mas com a certeza de que tudo valeu a pena e de que nosso projeto faz a diferença na educação brasileira e na vida dos nossos queridos alunos.
É um prazer dividir nossas terças e quintas com vocês, meus queridos! Nos vemos em setembro!

Abraço cheio de saudade e de orgulho!
Até breve!

Produção dos cordéis

Chegou a hora tão esperada: a hora de produzir!
Nossos alunos soltaram a imaginação e, em duplas, produziram cordéis maravilhosos! Alguns engraçados, outros cheios de romance, mas o que não faltou foi rima e criatividade.

Ah, lembram das xilogravuras que produzimos? Pois bem, elas estamparam a capa dos cordéis produzidos. E, além da capa, elas também serviram de inspiração para que cada dupla produzisse um cordel que tivesse a ver com a xilogravura escolhida.

Descobrimos grandes talentos em nossa sala de aula! Cada um mais talentoso que o outro. Essa turma é, realmente, nota 1.000! Parabéns, meus queridos. Continuem produzindo! Como sempre dizemos: vocês vão longe! 











Abraço bem apertado e até a próxima aula!

Oficina de Xilogravura

Olá, queridos!
Hoje realizamos uma aula muito especial no projeto B.A.R.
Recebemos a visita do professor e artista Arnilson Montenegro que nos encantou com a arte da Xilogravura. Conhecemos um pouco da história dessa técnica, imprimimos diversas xilos a partir das matrizes de Arnilson, recitamos versos de cordéis, nos divertimos com os desafios do professor Moisés, discutimos sobre a nossa cultura popular e percebemos o quão linda ela é...
Matrizes para a xilo

Amanda imprimindo uma xilogravura

Arnilson falando um pouco sobre a arte da xilogravura
Alunos atentos às orientações de Arnilson




Como vimos, e como Arnilson bem informou, a xilogravura é uma arte independente do cordel, mas, por muito tempo estampou e ainda estampa lindamente as capas dos livretos.

Eduardo colocando sua xilo para secar



As xilos dos alunos a secar

Arnilson com a mão na massa, ops, na xilo!
Esta foi uma experiência maravilhosa, a xilo é, realmente, encantadora. Agradecemos imensamente ao professor Arnilson que nos dedicou seu tempo e empenho para que essa oficina fosse um sucesso!

Agradecemos, ainda, ao professor Moisés que alegrou nossa aula e corroborou com as discussões que fizemos acerca da cultura popular nordestina.

Lisbela e o prisioneiro

Olá, pessoal!
Nesta aula assistimos a um belíssimo filme que retrata muito do que se falou em sala sobre as questões da variação linguística e da cultura popular nordestina. Para quem faltou, aqui está a sinopse do filme e o trailer:


Lisbela está noiva e de casamento marcado, quando Leléu chega à cidade. O casal se encanta e passa a viver uma história cheia de personagens tirados do cenário nordestino: Inaura, uma mulher casada e sedutora que tenta atrair o herói; um marido valentão e "matador", Frederico Evandro; um pai severo e chefe de polícia, Tenente Guedes; um pernambucano com sotaque carioca e gírias paulistas, Douglas, visto sob o prisma do humor regional; e um "cabo de destacamento", Cabo Citonho , que é suficientemente astuto para satisfazer os seus apetites.
Lisbela e Leléu vão sofrer pressões da família, do meio social e também com as suas próprias dúvidas e hesitações. Mas, em uma reviravolta final, cheia de bravura e humor, eles seguem seus destinos. Como a própria Lisbela diz, a graça não é saber o que acontece. É saber como acontece e quando acontece.


História do Cordel e Variação Linguística

Olá, alunos/leitores! 
Na aula de hoje aprendemos mais sobre o cordel. Dessa vez, conhecemos sua história e suas origens.
Entendemos o porquê de os livretos se chamarem "cordel" (lembram o motivo?), vimos a chegada dessa arte aqui no Brasil; quais os principais temas abordados e como se dá sua estrutura; aprendemos o que é métrica e rima e, por fim, vimos a linguagem característica presente nos versos da Literatura de Cordel. Essa linguagem é belíssima e difere da forma como os demais brasileiros falam.
Como vimos, nossa língua é algo vivo que está em constante transformação e, por isso, em cada canto do país encontraremos diversas formas de se falar a mesma coisa: 

Essa diversidade encontrada na língua é chamada de Variação Linguística. Cada variante reflete a cultura de um estado, cidade, de um bairro ou até mesmo de um grupo de pessoas. 
Vimos que nossa variante não aparece apenas no Cordel, mas, principalmente, no nosso dia-a-dia: 
O Bode Gaiato fez sucesso na aula
Também vimos que expressões típicas não existem apenas no nordeste, mas em todo o Brasil.
Expressões típicas da região norte

Expressões típicas da região sul

Expressões típicas da região nordeste
Nossa língua é muito diversa e muito rica, não acham? 
E é isso! Ficamos por aqui, até a próxima aula, pessoal!

segunda-feira, 3 de junho de 2013

Nosso Paraibês!

Olá, queridos leitores/alunos!
Dando continuidade ao tema Cultura Popular Nordestina, que é tão visto e trabalhado nos cordéis, não poderíamos deixar de enfatizar a questão da variedade linguística e da linguagem característica da Literatura de Cordel.
Nessa perspectiva, demos início a aula fazendo a leitura silenciosa do texto "Antigamente", de Carlos Drummond de Andrade. Este texto retrata a dinamicidade da língua e a forma como ela sofre variações ao longo do tempo. 
Depois da leitura, discutimos e relemos o texto a fim de desvendar certas expressões que não conhecíamos e que eram bastante recorrentes nos tempos de outrora, como "janotas", "tirar o pai da forca", "amarrar cachorro com linguiça", entre outras.
Depois de um proveitoso debate, vimos que a língua não é estática, mas varia de acordo com as situações, culturas, sociedades, ou simplesmente, pela necessidade de seus falantes. 
A variação da língua reflete a identidade de um povo! Por esse motivo, trouxemos dois textos que mostram, de forma divertida,  a nossa variante linguística: o "Dicionário "Paraibês" e a "Anatomia Nordestina":

Nos divertimos muito, e mais que isso, nos reconhecemos naquelas expressões que, em sua maioria, fazem parte do nosso cotidiano.


Para finalizar, propomos aos nossos alunos a produção de um novo Dicionário Paraibês que apresentasse expressões e palavras distintas daquelas já vistas em sala. E o resultado foi maravilhoso! Nos surpreendemos com a quantidade de expressões que ainda faltava nesse dicionário. 
Além de produtivo, foi muito divertido, não acham?! Vejam algumas das expressões sugeridas por nossos gênios da criatividade:

Mulher feia é CANHÃO 
Velho é VÉI
Expressão de espanto é OXENTE ou VÔTE
Sacolé é DINDIM 
Cachaça é CANA
Pessoa baixinha é TAMBORETE DE FORRÓ
Pessoa exibida é AMOSTRADA
Fofoqueiro é CABUETA
Caloteiro é PIRANGUEIRO
Quem é rico é ESTRIBADO
Menino desobediente é menino MALUVIDO
Trair é BOTAR CHIFRE
Sujeira é GRUDE
Safadeza é FULERAGE
Comida ruim é GOROROBA
Pessoa feia é BRUCUTU ou TRIBUFU
Murro é BUFETE
Odor na axila é SUVAQUEIRA
Pessoa muito tímida é BICHO DO MATO


Muito bom, parabéns, turma! Vocês são nota 1.000!
Até a próxima aula!

Leitura de cordéis

Olá, queridos! 
Nesta aula, tivemos a oportunidade e o prazer de ler e contar as histórias contidas nos cordéis “A chave do cadeado”, de Antônio Travassos, "A peleja da carta com o e-mail" e “A mulher que vendeu o marido por R$ 1,99”, ambos, de Janduhi Dantas.


Dividimos a sala em três grandes grupos para fazer a leitura, cada um com seu cordel. Depois da leitura, os grupos debateram a respeito da história lida e, em seguida, elegeram um representante que lesse e fizesse a socialização da história para o restante da turma. 




Esta aula foi maravilhosa, já que pudemos estabelecer um contato direto com esse gênero tão fascinante. Se ler já é bom, ler cordel é melhor ainda, não acham?!

Até a próxima, pessoal!
Abraços!